sábado, 14 de abril de 2018


O vento

Sou um poeta sem amor e sem coração,
Sem dor e sem paixão,
Sem sol e sem luar:

Sou o suicida a se lançar.

Sou um poeta sem escrúpulos,
Sem ideia e sem assunto,
Sem perfume e sem cheiro:
Sou um pagão sem dinheiro.

Sou um poeta sem causa,
Sem ideologia e sem nada,
Sem alma e sem matéria:
Sou o vento da atmosfera.

Por Jacson Domingos


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Linda boca

Linda boca,
Lindos lábios.
Deixe-me ser teu servo
E você minha Ama.

Linda boca,
De olhos loucos.
Deixe-me maluco
Com tua saliva.

Linda boca,
Una-se à minha.
Vamos sair da rotina,
A distância que existe entre nós é uma mentira.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Homem errado

Não penses que sou o homem certo,

Penses que sou o homem errado.

Errado para ser magoado,

Errado para ser enganado,

Errado para ser chutado,

Errado para ser ignorado,

Errado para você dizer que não posso ser teu.

Numa tarde calma

Numa tarde calma

estávamos parados,

olhando para a vida

observando nosso passado.


Numa tarde fria

De inverno cinza,

Tomamos aquela pinga

Pra agente se esquentar.


Enrolados no cobertor

Sentindo nosso calor

Prevendo nosso amor

Nos beijando sem pudor.

Idade

Idade

A idade é a burocracia da vida.
Então, por que não deixarmos a idade de lado?
A vida pode ser complexa,
Mas o que realmente interessa é simplesmente, viver.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Caranguejo da Cidade



Sou um caranguejo,

Caranguejo da cidade

Não pertenço a nenhuma tribo,

Mas da maioria faço parte


No silêncio da manhã

O sino lá fora bate

Muita gente acorda cedo

E tem gente que só de tarde


Aqui não tem mangue

Para minha pele amaciar

Tem um rio que fede

Com uma chuvinha vai alagar


Num pião pelo centro

Não vejo muita gente feliz

O indivíduo tá muito seco

Gosta de empinar seu nariz


Uma grande babilônia

E eu, um pequeno caranguejo

Finjo ser deste sistema

Mas quem me guia é meu pensamento.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Minha flor,
Que me causas tanta dor,
Com sua ausência em meu dia-a-dia.
Saudades de tua companhia.
Mas alegra-me saber que um dia
Nossas almas irão se cruzar,
Queria tanto te abraçar,
Vir a divagar
Sobre as coisas mais simples do mundo,
Como um cão vagabundo
Que na cidade vive a deslumbrar
A riqueza que há
Num belo e nem sempre reparado, Luar.